quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Emoção pura

A jornada da maternidade é uma coisa incrível. Impossível não ser pauta diária dos meus pensamentos e de todos os que vivem essa incrível experiência.

Não dá pra negar o trabalho e a dedicação que essa tarefa exige, mas o retorno e o prazer de vê-los crescendo e se transformando é impagável.

Nestes últimos dias minha filha vem dando sinais de que está crescendo, longe de ser um bebê, agora ela é definitivamente uma mocinha, uma menina. Só para exemplificar, tenho três episódios recentes:
  • Estamos mudando de cidade e ela tem plena consciência das implicações, da perda da convivência diária com os amigos, mudança de escola, distância da família. Mas está tão certa de que vai ser bom, que em nenhum momento teceu um comentário negativo sobre o tema. Só quer saber da casa nova, nova escola, digo COLÉGIO, “porque eu sou grande, não vou mais em escolinha” como ela mesma diz.

  • No Natal, voltou o assunto de dar o bico do Papai Noel, eu nem estava muito insistente, contando que com todas as mudanças rompimentos a vista seria mais um desnecessário e prorrogável. Porém, ao ser provocada na noite de Natal pelo próprio Papai Noel ela não teve dúvidas: bem decidida jogou o bico no saco sem olhar pra trás. E foi o fim, de lá pra cá, nunca mais pediu.

  • A terceira, e última, foi muito emocionante pra mim também: no começo de Dezembro fomos a um casamento e a minha filha não aguentou ficar acordada na festa para esperar o buquê. Acordou chorando no dia seguinte, triste com ela mesma por ter dormido cedo. Esta semana encontramos a noiva, e ela, sabendo do que aconteceu, entregou um buquê para a pequena. Percebendo o que estava acontecendo, a pequena ficou tão emocionada que começou a chorar , um choro emocionado e incontido. Foi incrível: eu estava presenciando o primeiro choro de emoção da minha filha. Não era de dor, nem de fome, era de alegria, emoção pura. Foi tão lindo, tão querido!


E de volta ao ponto inicial, mais importante disso tudo é poder estar atenta, é presenciar a real transformação dessas gentinhas que nos cercam e enchem a vida de sentido.


Pra finalizar, aí vai uma frase que topei em um site essa semana e que diz muito dessa condição:

"A decisão de ter um filho é muito séria. É decidir ter, para sempre, o coração fora do corpo. " - E. Stone