quinta-feira, 28 de maio de 2009

Pessoas & Perdas

Incrível como a cabeça da gente funciona e nos faz sentir e ver as coisas de acordo com o que ela quer.
Sendo menos filosófica e mais prática...terça eu resolvi assitir um filme do qual eu já sabia por alto a história. Aproveitei que estaria sozinha a noite em casa pra ver uma história trivial sobre família, relacionamentos e cães: tô falando do filme Marley & Eu.

Sou do tipo de pessoa NÃO CACHORREIRA. Nada contra o bicho, mas não curto o cheiro, a função, o trabalho que dá...mas entendo que as pessoas são diferentes de mim e por isso, respeito.

A família do filme já é uma bagunça por si só, 3 crianças pequenas e um casal de jornalistas que, além de tudo isso, tem um Labrador cheio de vontade própria. Para adicionar emoção, eles adoram se mudar de casa. Bom, até aí tudo bem.

Para uma NÃO cachorreira é legal perceber que o cachorro passa a fazer parte da vida de cada uma daquelas pessoas, testemunhando as mudanças que acontecem com cada uma delas. Triste é perceber que a morte do cão é tão sofrida e inesperada quanto poderia ser a morte de um familiar.

Bom, toda esta história me fez chorar compulsivamente, não pelo Marley em si, mas pelas perdas, pela forma com que as crianças foram impactadas pela perda, cada uma com uma reação diferente e especial, assim como a do casal. Me passou tudo pela cabeça, quantas perdas terei que passar, como vou explicar essas coisas para os meus filhos. Como serei forte quanto me sentir tão perdida e fraca quanto eles?

Neste momento em especial, sigo esperando por uma resposta, que se não for como eu espero, pode me levar a uma perda, talvez a maior da minha vida até hoje. Esta eminência acaba com as minhas forças. Minha sorte é que, como a cabeça é quem manda, a minha tem me deixado calma e confiante, exceto quando cruzo com uma história como essa que me fragiliza e põe pra fora os meus medos.

Chucos, Panchos, Zicos, Ninas e Cucas...sigam tomando conta dos seus donos, na real, eles precisam mais de vocês que vocês deles.