Fazia tempo que eu não tinha vergonha de mim mesma. Hoje saí para levar a minha filha na escola com a primeira roupa que achei, na verdade, a segunda, pois a primeira blusa não tinha condições de circular fora da residência.
O cabelo, uma lindeza, preso com uma borrachinha, pois os hormônios tem deixado os mesmos ainda mais oleosos.
Maquiagem: ZERO. As olheiras e a cara inchada no espelho do elevador me assustaram, corri e botei os óculos. Fiquei pensando no olhar de pena da freira, professora da minha filha, ao me ver com essa lata.
E tem pior! No momento, rola uma pochete. Não é aquela barriga redondinha de grávida, é uma manta, isso que nem engordei ainda. E na outra gravidez ganhei só 11kg, o que é ótimo, não imagino ganhar mais nesta.
Eis que no almoço, depois de ir a um restaurante bem condizente com os meus trajes, resolvi entrar em uma loja para procurar alguma roupinha nova, pra me animar, estou precisando de calças novas.
Caí na asneira de pegar 3 calças e me dirigir ao provador. Tá certo, todas eram P e eu não sou uma pessoa P, mas pareciam factíveis. O primeiro susto foi me olhar novamente no espelho, agora do provador, que sempre piora. O cabelo tava meio escabelado, a barriga, escapando entre a calça e a blusa, que subiu, revelando a pochete!
Não tive dúvidas: saí voando da loja, óculos na cara novamente, pra ter certeza que jamais alguém pensaria que era eu naquela situação.
Pior, cheguei em casa e ainda não dei jeito na lata. Antes de buscar minha filha na escola vou dar uma geral, com direito a secador de cabelo, make up, batonzinho, só pra ver se o espelho do meu elevador me reconhece e me deixa descer no andar certo.
Ô FASE!!!!
Guerra dos sexos em nova versão
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