quarta-feira, 15 de abril de 2009

Tá afim de conversar?

Hoje acordei com uma super vontade de falar. Sabe quando as palavras parecem que estão na ponta da língua? Sinto isso fisicamente, é sério. As vezes solto alguns sons com a boca só pra ver se não estou ficando muda.

Pronto, vão achar que eu ficando maluca. Sinto muita falta de gente. Isso de trabalhar de casa, sem gente por perto, tem seus prós e contras. Um dos piores contras e não interagir, conversar. Acabo falando mais por texto que por voz. Pior, ninguém pára pra bater papo, como se faz ao vivo. As interações são bem mais profissionais e pautadas em um tema. Assim, o dia rende bastante pro trabalho, mas no final do dia dá uma falta louca de gente.

Quem já conviveu comigo "à trabalho" sabe que sou daquelas que investe uma parte do seu dia em dar um oi pros amigos, bater um papo, saber da família, dos babados, ou comentar um acontecimento bombástico (de celebridades à política internacional). Acontece que aqui, não tem como fazer isso.

A pobre da empregada, quando chega a tarde me ouve por uns 10 minutos. Comento do tempo, pergunto da escola da minha filha (ela trabalha lá pela manhã), falo dos planos de viagem da semana e de como eu gosto que arrume a casa. Tudo isso sem nem respirar entre as palavras.

O pessoal aqui me acha super simpática. Chego a atrasar o passo só pra interagir com uma mãe na saída da escola, falar das crianças, etc. É de dar dó!

Então amigos leitores que aqui ficam sabendo das minhas angústias, faço um apelo: ME LIGUEM, PERGUNTEM DA VIDA, DO TEMPO, DOS PLANOS, DA CHUVA, PERGUNTEM QUE ROUPA ESTOU HOJE E FAÇAM COMENTÁRIOS. Se não der pra ligar: TUDO BEM, ESCREVAM, MAS SÓ AMENIDADES TÁ?

Depois, o dia que eu for internada e ficar "TAN TAN"como aquele carinha da novela das 20h não venham me dizer que eu nunca disse nada!